Tantos textos, encartes e cartões postais elogiando essa cidade. Qual? Uma dica, a maravilhosa. Mas quem disse que eu concordo? Alguém mandou me perguntar, ou sequer já pararam e fizeram uma pesquisa recente, sobre como esse tal lugar mudou total de aparência? Bom, existem lá suas qualidades, seus bares aconchegantes, jovens desnudos com corpos bronzeados, que andam pra lá e pra cá lançando moda com as havaianas novas. Tudo bem. Há também os casais de velinhos imensamente apaixonados, caminhando pelo calçadão junto com aquele puddle de laçinhos. O desesperador pra mim, é que o fato de estar lá, consequentemente você estará rodeada de casinhas, morros com mais casinhas e tiros que saem de uma casinha que fica num morro e vai diretamente pra outra casinha do outro morro de lá. Não é aceitável, é tolerável. Causa pânico e o esquema mesmo, é simplesmente esquecer o que está ao seu redor. Venha meu bem, venha ver o mar,olhe para o mar. Nossa, como ele era azul, não é mesmo? Era. O Rio de Janeiro não te passa um enstusiasmo de um futuro melhor, afinal, pra quê mudar? E se pensar que ela só é mais uma entre tantas cidades aonde ocorre o mesmo. Eu sei do que não gosto de lá...e ai! Ai! Se eu soubesse disso tudo quando era apenas uma criança e adorava prestar atenção naquela paisagem do aeroporto até Copacabana, Hotel Mar Palace. Se o Rio fosse basicamente essa bolha,né? Fato é que cresci e nada daquelas lembranças me parecem confortantes hoje em dia.
Outra coisa que sei, de verdade, é que preciso, quero, necessito da minha mãe ao meu lado. E adivinha para onde ela foi transferida?
Preciso explicar mais nada. Bola de neve sentimental.
Um chêro.
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